Prêmio Qualidade do Leite Começa Aqui! comemora 11 anos de sucesso!

Maior programa nacional do setor, a iniciativa inédita da DSM já avaliou mais de 1,7 milhão de vacas em 21.550 fazendas das maiores bacias leiteiras do País, incentivando a produção de leite com excelência

Mylene Abud

Em dezembro do ano passado, a DSM reuniu pecuaristas das principais bacias leiteiras do País em um jantar na capital paulista, para anunciar os vencedores da 11ª edição do Programa Qualidade do Leite Começa Aqui! Além de homenagear os produtores que atingem altos níveis de qualidade no leite com o uso das tecnologias da empresa, desta vez, o evento teve um gostinho ainda mais especial: o retorno à celebração em formato presencial.

Nestes 11 anos de existência, o PQLCA avaliou as produções de mais de 1,7 milhão de vacas em 21.550 fazendas de 16 estados, e entregou 400 prêmios como reconhecimento ao trabalho dos produtores em prol da qualidade do leite no País. E, a cada ano, o programa atrai mais produtores comprometidos com a busca pela excelência na produção. Da primeira edição, realizada em 2012, para cá, o número de propriedades inscritas anualmente passou de 235 para 495, as vacas avaliadas subiram de 15 mil para 51.577 e os prêmios, de 21 para 64.

E a média geral dos resultados também registrou incremento na qualidade: os   3,22% de proteína e 3,58% de gordura levantados em 2012 passaram para 3,36% e 3,86%, respectivamente, em 2022. E níveis médios de CCS se mantiveram bem abaixo de 400 (x1.000/ml).

“É uma grande honra estarmos aqui, premiando e celebrando a pecuária leiteira. O PQLCA é o maior programa do País no setor, conta com a participação das principais fazendas em termos de qualidade de leite e já faz parte do calendário nacional de eventos”, disse Sergio Schuler, Vice-Presidente do negócio de Ruminantes da DSM para a América Latina. “2022 foi um ano desafiador, com os produtores de carne e de leite vendo os custos aumentarem, sem que os lucros acompanhassem. Mas o caminho para uma melhor rentabilidade continua sendo investir em tecnologias, para aumentar a qualidade de forma sustentável”, ressaltou.

Marcelo Machado, Gerente Técnico de Gado de Leite Latam da DSM, também destacou a relação intrínseca entre qualidade e lucro. “Muitos de vocês, além de donos, também estão na lida do dia a dia na fazenda. E sabem que o mercado reconhece o trabalho de excelência remunerando melhor pela qualidade”, afirmou, salientando a importância de um maior percentual de sólidos no leite.

11ª edição

Em 2022, o PQLCA teve oito etapas regionais, que passaram pelos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rondônia, além da região Nordeste. E os três primeiros colocados em cada categoria – Qualidade do leite produzido e Quantidade e Qualidade da produção, separadas pelas raças Holandesa, Jersey e mestiças (animais cruzados, como Girolando ou Guzolando) – participaram da etapa nacional.

Os vencedores foram escolhidos com base em critérios técnicos, os quais contribuem para elevar o rendimento industrial, como baixo teor de células somáticas (CCS) e altos teores de proteína e gordura. Índices esses que já são levados em consideração em várias plantas captadoras para melhorar a remuneração dos produtores. Todos os 18 ganhadores receberam um “Certificado de Qualidade Superior do Leite” e um troféu regional; os primeiros colocados de cada categoria também levaram uma tonelada de Bovigold® Crina® Rumistar™ e um plano de acesso à plataforma OnFarm, especializada na gestão da mastite.

“Queremos agradecer aos produtores pela entrega de um produto tão nobre para a sociedade. Produzir leite de maneira segura, com alto teor de proteína e gordura e com baixo nível de CCS é um dos principais desafios da pecuária leiteira do Brasil”, observou Gabriela David, Trainee de Marketing Ruminantes da DSM e coordenadora do PQLCA.

Segundo Marcelo Machado, o programa também é importante para a troca de experiências entre os pecuaristas. “Os dados levantados pelo PQLCA trazem informações sobre os diferenciais dos maiores produtores, o que eles têm feito em relação às boas práticas, em termos de tecnologia, conforto, dieta etc., que servem como parâmetro”, frisou o Gerente Técnico de Gado de Leite Latam da DSM.

Campeões do Leite 2022

Veterana em participações no programa, a Fazenda Brasilanda, de Motividiu/GO, do Grupo Kompier, faturou o segundo lugar na categoria Quantidade e Qualidade – Raça Holandesa. Com uma produção de 25 mil litros, média de 36 litros por animal, e cerca de 660 animais na ordenha, a propriedade trabalha com compost barn há seis anos.  “O prêmio é uma certificação de que o nosso trabalho está sendo reconhecido e de que a gente está no caminho certo”, disse a produtora Patricia Kompier, que conta com a parceria da assistência técnica e dos produtos da DSM, detentora da marca Tortuga, para elevar a cada ano o volume e a qualidade da produção. “Diferentemente da agricultura, em que você planta soja e colhe em quatro meses, na pecuária leiteira, o começo é mais difícil. Precisa esperar os animais mais jovens começarem a produzir, demora para estruturar e tornar a atividade rentável”, explicou.

Outra propriedade acostumada com o pódio no PQLCA é o Sítio do Urso, de Carambeí/PR, campeão em Quantidade e Qualidade – Raça Jersey, e que conta com 450 animais em sistema free stall em lactação, que produzem 14 mil litros/dia. Para o produtor Felipe de Miranda, os bons números são decorrentes da docilidade da raça e da impressionante capacidade de conversão alimentar do gado em leite. “Hoje, a gente encontra vaca de 450 kg corporal produzindo mais de 10% do que ela tem de peso vivo em leite. Fora que, de forma geral, conseguimos agregar 20% a mais de preço no leite em relação à média geral da região”, conta ele, para quem o segredo do sucesso se baseia em boa estrutura, genética e alimentação. “O leite vem da comida, e o núcleo RumiStar™ é o grande diferencial”, elogia.

A opinião é partilhada por Rafael Carlin, representante da Fazenda Armin, de Chopinzinho/PR, campeã em Qualidade – Raça Holandesa. “Toda produção de leite está baseada no tripé genética-nutrição-manejo. Mas só manejo e genética adequados não são suficientes se não tiver comida boa. E um bom teor de sólidos só é possível com isso”, ressaltou Rafael, que segue a profissão dos avós e dos pais. Há cerca de 35 anos, a atividade leiteira da propriedade deixou de ser apenas para consumo próprio e passou a ser encarada como negócio. Atualmente, a fazenda tem cerca de 100 animais em lactação, que produzem três mil litros de leite/dia. “Esse prêmio retrata o que o animal está contando para gente através do leite dele. Animal sem bem-estar, mal manejado e malnutrido não produz com essa qualidade. A vaca é muito honesta”, garante.

Primeiro colocado na categoria Qualidade – Raça Jersey, Ricardo Sarda, da Fazenda Cinco Mil, em Toledo/PR, também herdou a paixão pela atividade do avô. “Quando ele faleceu, em 2006, nós assumimos a produção e, desde então, temos trabalhado para crescer, melhorando a qualidade do leite, os índices de produtividade, com a assessoria de profissionais, como os técnicos da DSM”, disse o produtor, cuja propriedade tem 80 animais em lactação, que produzem cerca de 1.600 litros/dia.

Confira a seguir os produtores premiados pela qualidade do leite!