No último ano, o metano ganhou mais evidência na luta contra o aquecimento global e a redução dos gases de efeito estufa (GEE) devido à sua relevância para o aumento de temperaturas no planeta. Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado em 2021, demonstra que este gás foi o segundo maior contribuinte para o aquecimento global desde a era pré-industrial, sendo o primeiro agressor o dióxido de carbono.
A emissão de metano está relacionada à produção de energia, de resíduos e à agropecuária, e, neste último, a fermentação entérica, popularmente conhecida como o “arroto do boi”, tem uma marcante participação. No Brasil, segundo o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), em 2020, a agropecuária foi responsável por 26,7% das emissões totais de GEE. A fermentação entérica, por sua vez, teve impacto de 65% nas emissões da agropecuária, ou seja, 17% das emissões do País foram resultado do metano oriundo do processo digestivo dos bovinos.
Em razão da importância que o metano tem no cenário de mudanças climáticas, durante a COP26, mais de 100 países assinaram um compromisso para reduzir em 30% a emissão desse gás, dentre eles o Brasil, o que demonstra a preocupação com as pegadas deixadas pelas atividades geradoras de metano. Mas a boa notícia é que há medidas que podem ser tomadas de imediato na pecuária para reduzir essas emissões.
Os bovinos são importantes conversores de alimentos, uma vez que digerem ingredientes de baixo valor nutricional para os humanos, até mesmo subprodutos de diversas indústrias, e possuem a capacidade de produzir carne e leite, alimentos nutritivos que alimentam diariamente milhões de pessoas em nosso planeta. E o metano é uma consequência desse processo digestivo, mas o caminho para a redução das emissões não é acabar com a produção animal, e sim buscar eficiência e tecnologias que promovam sistemas de produção cada vez mais sustentáveis.
Como exemplo de tecnologia que auxilia para o desenvolvimento de uma pecuária mais sustentável, a DSM desenvolveu o Bovaer®, um aditivo que promove a redução da emissão de metano pelos bovinos. Com uma pequena dose, em torno de ¼ de colher de chá por animal por dia, após 30 minutos de ingestão, o Bovaer® reduz a produção de metano ao inibir uma enzima da cadeia produtora deste gás dentro do rúmen. Os resultados dos estudos demonstram ao menos 30% de redução de emissão, fator que pode ser ainda maior de acordo com a dieta dos animais e a dose do aditivo. Já são mais de 50 estudos publicados em todo o mundo demonstrando a eficácia do produto. Além disso, os experimentos comprovaram que o aditivo é seguro tanto para o bem-estar animal quanto para os humanos que consomem a carne e o leite produzidos com o Bovaer®, já que não foram identificados resíduos do aditivo nos alimentos.
Único aditivo registrado no País para a redução das emissões de metano, o Bovaer® está presente em projetos de indústrias e fazendas para diminuir a pegada de carbono da cadeia agropecuária. O aditivo é facilmente aplicado na dieta dos ruminantes e não exige adaptação e nem mudanças na rotina das fazendas. Reduzir a emissão de metano com Bovaer® é simples, rápido e eficaz.
Combater as mudanças climáticas e diminuir as emissões de gases de efeito estufa é uma jornada que exige comprometimento e responsabilidade de todos: cidadãos, governo, indústria, produtores e demais entidades presentes em nossa sociedade. Frear o aquecimento global é a maneira de assegurar a sobrevivência do ser humano no planeta. O momento é crítico e, para evitar o avanço dessas mudanças, são necessárias ações imediatas. Produzir mais alimentos a partir de uma pecuária cada vez mais sustentável é um caminho sem volta, determinante para seguir alimentando uma crescente população e reduzir as pegadas ambientais. E o Bovaer® é uma solução disponível para auxiliar nesse desafio.