Feproxi chega ao mercado para otimizar a fase reprodutiva dos rebanhos de corte e de leite

Com betacaroteno e minerais em sua fórmula, novo produto da dsm é um núcleo para ser adicionado a todos os tipos de rações.

Mylene Abud

Nova solução tecnológica da Tortuga, uma marca DSM, que chega ao mercado para otimizar os índices reprodutivos dos rebanhos brasileiros, o Feproxi inova em todos os sentidos: composto por betacaroteno, vitamina E e selênio, o pacote nutricional une três potentes oxidantes que, quando presentes nas dietas e suplementos, melhoram a saúde animal e as respostas reprodutivas e produtivas. Além disso, este é o primeiro produto da empresa indicado tanto para bovinos de corte como de leite. E, na forma de núcleo, pode ser adicionado a todas as dietas já utilizadas nas fazendas, poupando tempo e recursos.

A escolha do nome do novo produto, que tem lançamento nacional marcado para janeiro de 2021, é uma associação dos principais benefícios oferecidos: melhorar a FErtilidade e os índices rePROdutivos, além do efeito antioXIdante.

“Uma das principais ações do Feproxi é a melhoria do desenvolvimento de folículos ovarianos e a síntese de hormônios reprodutivos, como o estrógeno e a progesterona. Com um sistema reprodutivo mais bem preparado, as vacas já apresentam melhoras nas taxas de prenhez aos 30 dias após a inseminação artificial ou monta natural. Além disso, com uma melhor nutrição vitamínica e mineral, as vacas passam a produzir um colostro de qualidade superior, o que resulta também em melhor desenvolvimento e crescimento dos bezerros nascidos. Assim, a suplementação com Feproxi se faz necessária para vacas, principalmente em momentos de grande estresse metabólico, como no período de transição e durante a estação de monta”, explica Guilherme Vasconcellos, Coordenador de Inovação da DSM, setor responsável pelo desenvolvimento do produto.

“O betacaroteno, que é uma pró-vitamina A, vinha sendo usado apenas para o gado de leite, no pré-parto. Isso porque, diferentemente do rebanho leiteiro, o gado de corte não precisa produzir tanto leite e a fase de transição é mais tranquila”, conta Marcelo Guimarães, Gerente Técnico Regional da DSM. “Mas pesquisas apontaram que o seu uso, 30 dias antes da Estação de Monta e 30 dias após a EM ou a inseminação artificial, aumenta as taxas de fertilidade.”

A indicação do Feproxi na preconcepção, explica, dinamiza o sucesso reprodutivo, melhorando as chances de as fêmeas emprenharem na primeira inseminação ou cobertura, ou seja, nos primeiros dias da estação de monta, o que proporciona o aumento dos “bezerros do cedo” que desmamarão mais pesados. E com a vantagem de que o produto pode ser usado também para os Touros com o mesmo objetivo, melhorando a espermatogênese e, assim, a eficiência reprodutiva dos mesmos, até nas centrais de coleta de sêmen. “O Feproxi melhora tanto a sincronização das fêmeas como o desempenho dos Touros”, ressalta Marcelo Guimarães.

Ele também destaca a apresentação inovadora da solução, em forma de núcleo, para ser misturado direto no cocho com o suplemento nutricional já utilizado no dia a dia, ou adicionado em concentrados e dietas totais em sistemas mais intensivos.

“Lançar o Feproxi como núcleo, e não como produto pronto para uso, foi uma ótima ideia da equipe de Inovação da DSM. O núcleo torna a nutrição mais ‘democrática’, pois atende todos os clientes, tanto os que já usam os produtos prontos para uso, os que utilizam núcleos para mistura nas fábricas das fazendas ou, ainda, aqueles que utilizam outros suplementos ou rações próprias. E é fácil de usar: pode misturar direto no cocho, na mão ou com a pá de mistura do cocho, dá para preparar em todas as condições”, elogia.

BENEFÍCIOS DOS ANTIOXIDANTES
Segundo o Prof. José Luiz Moraes Vasconcelos, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp, de Botucatu, diversas pesquisas sugerem que animais com estresse, que produz os radicais livres, podem ser beneficiados com a ingestão de vitaminas e minerais, como a vitamina E, o betacaroteno e o selênio. “Há muitos trabalhos associando o estresse à piora nos níveis reprodutivos. A taxa de serviço nem tanto, em razão da IATF. Mas diminuem as taxas de concepção e de prenhez, e, também, as perdas embrionárias.”

O estudo “Associação entre a concentração de betacaroteno no plasma, taxas de prenhez por inseminação artificial e perdas de gestação de vacas Holandesas em lactação”  (Madureira et al., 2020), também assinado pelo prof. Zequinha, infere que vacas com maiores concentrações de betacaroteno no plasma no dia de Inseminação Artificial (IA) tiveram maior concentração de glicoproteínas associadas a prenhez (PAGs) em 31 dias, aumento da prenhez / IA e diminuição da perda de prenhez entre 31 e 60 dias de gestação. Os resultados também apontam que o betacaroteno pode estar associado à função placentária de vacas leiteiras em lactação.

MELHOR REPRODUÇÃO E PRODUÇÃO
O desenvolvimento do Feproxi para vacas de corte contou com a parceria do professor Pietro Baruselli, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP), onde foram avaliadas mais de cinco mil vacas nos últimos seis anos. “Os resultados das pesquisas comprovaram que o Feproxi melhora o escore de condição corporal das vacas  suplementadas e aumenta a taxa de prenhez após a primeira IATF em até 15%. Com uma maior quantidade de vacas gestantes logo no início da estação de monta, a fazenda passa a contar com um maior nascimento de ‘bezerros do cedo’ no ano seguinte, um dos principais benefícios com este novo pacote. A maior quantidade de bezerros nascidos ao início da estação de parição trará machos mais pesados no momento da desmama e maior quantidade de fêmeas aptas à reprodução. Estes fatores contribuem para elevarmos a quantidade de bezerros desmamados por vaca exposta dentro da propriedade e, assim, aumentar a rentabilidade das fazendas de cria”, afirma Guilherme Vasconcelos.

Ele acrescenta que o novo núcleo também pode ser utilizado com grande sucesso nas centrais de reprodução que têm como foco a produção in vivo ou in vitro de embriões. “Com mais  betacaroteno, vitamina E e selênio, as vacas doadoras desenvolvem seus oócitos e embriões em ambientes mais saudáveis e com menos estresse oxidativo, elevando o grau de qualidade dos embriões gerados.”

Em rebanhos leiteiros, o Feproxi melhora os índices reprodutivos pela redução na taxa de aborto e aumenta as taxas de prenhez. “Resultados de pesquisas com vacas leiteiras apontaram redução de 50% nos casos de aborto e aumento na taxa de prenhez de 11 a 14 pontos percentuais. Além disso, tem sido observada nos estudos uma melhora significativa na qualidade do colostro de vacas suplementadas com o betacaroteno e na saúde de suas bezerras, fundamental para seu bom desenvolvimento e, consequentemente, no futuro, para sua produtividade”, ressalta Cristina Cortinhas,
supervisora de Inovação da DSM.

Em tempos de arroba valorizada, Marcelo Guimarães aponta o Feproxi como uma ferramenta muito poderosa na relação custo-benefício para os pecuaristas. “Depois de cinco anos de experimentos com o betacaroteno, estudos mostram que o produto aumenta, em média, 17% na taxa de prenhez já na primeira IATF. Se considerarmos o valor do bezerro hoje, na faixa de R$ 300,00 a arroba, em um rebanho de mil vacas, a possibilidade é que o produto proporcione um aumento de até 70 bezerros, desmamando 20% mais pesados”, conclui.

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