O aplicativo mais arroba simula os custos da operação, permite comparar a eficiência da produção com indicadores referenciais e é a grande novidade da 6ª edição do tour DSM de confinamento
Com o objetivo de ajudar os pecuaristas a fazerem as contas no momento da tomada de decisão pelo confinamento, a DSM apresenta ao mercado a sua mais recente inovação: o aplicativo Mais Arroba. Desenvolvida em conjunto com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea (ESALQ/USP), a ferramenta inédita permite fazer simulações reais do cenário atual e futuro, para que os criadores consigam visualizar a rentabilidade e melhorar a gestão da produção em sistemas de confinamento. A novidade foi anunciada no dia 16/9, durante o lançamento do Tour DSM de Confinamento 2019, na sede da empresa, em São Paulo/SP.
Com download gratuito para os sistemas Android e iOS, o Mais Arroba é uma ferramenta completa de simulação para todos os fatores zootécnicos e econômicos/financeiros que influenciam os resultados do confinamento. A partir de dados inseridos pelos produtores, é possível estimar pelo app os ganhos produtivos dos animais, os custos fixos e variáveis do confinamento (boi magro, dieta, sanidade etc.), a rentabilidade e a taxa de retorno mensal (em reais), entre outros fatores.
“O App faz a simulação de um confinamento, de acordo com os dados inseridos pelo pecuarista, para mostrar projeções financeiras futuras com base na realidade do mercado. Desde 2015, o Tour DSM de Confinamento fornece os dados econômicos e zootécnicos aos produtores e o desdobramento natural foi o desenvolvimento desse aplicativo”, contou Juliano Sabella Acedo, Diretor de Marketing da DSM, na abertura do evento.
Segundo Marcos Sampaio Baruselli, gerente de Categoria Confinamento da DSM, o Mais Arroba foi desenhado para atender a qualquer tamanho de propriedade e de produção. “Todos os pecuaristas podem se beneficiar, e não apenas os nossos clientes”, informa. Ele destaca, ainda, que a pecuária brasileira é bastante heterogênea pelas condições climáticas e pelos custos variáveis dos insumos, por isso, os confinadores enfrentam realidades muito diferentes para produzirem nas principais regiões de pecuária do País. Por esta razão, o aplicativo disponibiliza o preço da arroba e os custos médios com abrangência nacional e para as cinco regiões do Brasil. E também traz os resultados de todas as 35 etapas das cinco edições do Tour DSM de Confinamento realizadas até esse ano, que avaliaram mais de 100 mil bovinos. “Com esses números de referência, o produtor consegue, inclusive, comparar os seus custos com a média nacional e verificar o seu nível de eficiência do ponto de vista de gestão do negócio”, afirma Baruselli.
“Nós colocamos um desafio para a DSM. A gente precisava dar um suporte para mostrar a rentabilidade do sistema em tempo real, no momento da decisão pelo confinamento. Daí surgiu o aplicativo”, conta Thiago Bernardino de Carvalho, pesquisador do Cepea. O Mais Arroba, explica, apresenta três dados essenciais aos pecuaristas, que são os preços reais e atualizados do boi magro, do boi gordo e da dieta. “Ele dá insights aos produtores através de informações fundamentais, como o valor de compra do boi magro, já que a reposição representa de 60% a 70% dos custos de produção; os preços por região; o Ganho Médio Diário (GMD) de todas as edições anteriores do Tour etc. O app mostra ao pecuarista a real conta, de forma simples. Baseado em dados, como o preço da arroba futura, o produtor pode optar por travar o preço com o frigorífico ou aguardar o valor no fim do confinamento”, define o pesquisador do Cepea.
“A gente vê muito pecuarista que quer confinar, mas fica em dúvida se vai dar dinheiro. E o aplicativo, que simula várias perspectivas e preços baseados em dados reais, é uma ferramenta de gestão para auxiliar o produtor a fazer as contas e tomar a decisão”, constata Juliano Sabella que, assim como Marcos Baruselli, vê um cenário otimista para o confinamento em 2019.
TOUR DSM DE CONFINAMENTO
A primeira etapa do Tour DSM de Confinamento 2019 foi realizada no dia 20 de setembro, em Ribas do Rio Pardo (MS). Para esse ano, a maratona de dias de campo prevê a avaliação de cerca de 23 mil animais em sete eventos, incluindo cinco etapas mais o lançamento e o encerramento, em quatro estados: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Goiás.
O Tour foi criado com o objetivo de mostrar aos produtores rurais os resultados econômicos, mensurados de forma independente pelo Cepea, e zootécnicos de bovinos em confinamento e semiconfinamento, tratados com Fosbovi® Confinamento com CRINA® e RumiStar™, que geram, em média, uma arroba a mais por bovino confinado. Em sua quinta edição, já avaliou mais de 100 mil animais, em 31 confinamentos e 4 semiconfinamentos. De 2015 a 2018, foram realizados 35 dias de campo, em 10 estados brasileiros, que reuniram um público de cerca de cinco mil pessoas, entre produtores rurais, consultores e pesquisadores.
Segundo o balanço apresentado por Marcos Baruselli, durante o lançamento da edição de 2019, com os resultados zootécnicos dos 31 confinamentos avaliados nas quatro primeiras edições do Tour (2015-2018), em cerca de 96 dias de confinamento, foram registradas as seguinte médias: Peso Vivo Inicial de 404 kg (13,48@); Peso Vivo Final de 566 kg (20,81@); Ganho de Peso Diário (GPD) de 1,69 kg; Rendimento de Carcaça de 55,14%; e um total de 7,36@ produzidas no período. “O Rendimento de Carcaça de 55,14% é muito significativo e interessante para os frigoríficos. E a produção de 7,36@ em 96 dias, quando a média anual brasileira do boi a pasto é de 3,5@ ao ano, representa uma produção bastante elevada”, analisa Baruselli.
“O confinamento ocorre na entressafra, na seca, quando acaba o boi de pasto. O confinamento é um tiro rápido, em cerca de 90 dias o produtor já tem ideia de quanto vai ganhar”, fala Baruselli sobre as vantagens econômicas do sistema. “Frigoríficos ávidos por mais qualidade, melhor acabamento e rendimento pagam de 5% a 10% a mais por carcaças melhores. E os animais confinados têm as melhores carcaças”, enfatiza.
No balanço econômico, o pesquisador Tiago Bernardino de Campos, do Cepea, mostrou que, na edição de 2018, o Tour registrou 2,52% de taxa de retorno média ao mês, fora os ganhos indiretos, como a antecipação de capital e a liberação de áreas nas fazendas. “Os números indicam que o confinamento é rentável, sendo que as taxas de retorno mensal financeiro, de 2015 a 2018, oscilaram de 1,76% a 3,40% de lucro líquido”, ressaltou.
Também participaram do evento de lançamento do Tour de Confinamento 2019 e do aplicativo Mais Arroba o vice-presidente Ruminantes Brasil da DSM, Ariel Maffi, e o diretor de Vendas Ruminantes Brasil, Túlio Ramalho, além de outros executivos da empresa.
